O UFC chegou a um novo acordo em um dos processos antitruste em andamento movidos contra a empresa. Nesta quinta-feira (26), a TKO Group Holdings, controladora do UFC, enviou um comunicado à Securities and Exchange Commission, revelando que a organização firmou um acordo com as partes do processo liderado por Cung Le, concordando em pagar US$ 375 milhões (R$ 2 bilhões).
Veja um trecho do comunicado:
“Em 26 de setembro de 2024, a TKO chegou a um acordo com os autores para resolver todas as reivindicações no caso Le por um valor total de US$ 375 milhões, a serem pagos em parcelas ao longo de um período determinado pela Empresa e suas subsidiárias. Esse acordo foi firmado após a rejeição anterior de uma proposta de liquidação pelo tribunal. Os termos do novo acordo foram registrados em um documento detalhado, que será submetido à aprovação judicial. A Empresa espera que o valor seja dedutível para fins fiscais.”
Em março, a TKO havia anunciado um acordo para encerrar ambos os processos por US$ 335 milhões. No entanto, em julho, o juiz Richard Boulware rejeitou a proposta, determinando que o caso fosse a julgamento a partir de 28 de outubro. Posteriormente, o julgamento foi adiado para 3 de fevereiro de 2025. Assim como no acordo anterior, a aprovação judicial ainda é necessária para que o caso seja oficialmente encerrado.
UFC se posicionou sobre o caso
Após o registro, o UFC divulgou uma declaração sobre o acordo no caso Le e comentou sobre o andamento de um segundo processo, inicialmente liderado por Kajan Johnson, que abrange lutadores de 2017 até o presente.
“Chegamos a um acordo revisado com os Autores para resolver o caso Le, com termos que acreditamos atender às preocupações do Juiz Boulware”, afirmou o UFC. “Embora acreditássemos que o acordo original era justo — sentimento compartilhado pelos Autores — consideramos que encerrar este litígio é do interesse de todas as partes.”
Em relação ao caso Johnson, o UFC informou que o processo está em estágios iniciais e que uma moção para rejeitar a queixa ainda está pendente.
Eric Cramer, principal advogado dos lutadores no processo, também se pronunciou ao site MMA Fighting sobre o novo acordo e o litígio do segundo caso antitruste.
“Acreditamos que este novo acordo no caso Le é um excelente resultado para os lutadores do UFC que representamos. Se aprovado, ele proporcionará alívio financeiro imediato para mais de mil atletas, que receberão uma compensação significativa com base no que ganharam durante suas carreiras. Estamos ansiosos para apresentar o acordo ao Tribunal para aprovação preliminar em breve. Também pretendemos seguir com vigor as reivindicações no caso Johnson, incluindo pedidos de medidas contra o UFC.”
Os envolvidos no processo liderado por Johnson recentemente enviaram um memorando ao tribunal sugerindo cronogramas para o julgamento, mas o caso ainda está pendente.
O processo antitruste original, aberto em 2014, alegava que o UFC teria se envolvido “em um esquema para adquirir e manter poder de monopsônio no mercado de serviços de lutadores profissionais de MMA de elite”, citando contratos exclusivos, coerção e aquisições para eliminar concorrentes.