Lyoto Machida será gerente de equipe no ano de estreia da Global Fight League (GFL), mas isso não significa que ele esteja descartando a possibilidade de voltar a lutar. Originalmente, a GFL o convidou para competir, mas Machida preferiu assumir o papel de líder da equipe de São Paulo, ao lado do treinador Andre Pederneiras.
“Eles me convidaram como atleta, mas eu disse: ‘Não, estou fora por um tempo e prefiro entrar como empresário’”, contou Machida ao site MMA Fighting. “Quero ver como será, as mudanças na organização. Vi as contratações, muitas pessoas sendo contratadas, mas queremos ver tudo acontecer. Acredito que será uma ótima liga e ajudará o esporte. Você não pode ter apenas uma [organização], certo? A competição é boa, e isso é o que esperamos como lutadores e treinadores. Ela abre mais portas. Por exemplo, o ‘Dede’ [Pederneiras] tem vários atletas, que não estão no UFC, mas têm as habilidades para estar lá, então talvez outra oportunidade surja. Mas é tudo muito novo para mim, assim como é para você.”
O motivo que fez Machida recusar o convite como lutador
O ex-campeão meio-pesado do UFC explicou que recusou a proposta para lutar pela GFL porque, no momento, lutar não é sua prioridade, e ele prefere se testar em uma função de liderança.
“Eu entrei como empresário, mas não estou descartando a possibilidade de lutar”, afirmou Machida. “Não estou dizendo que nunca mais vou lutar. Não é assim. Mas, no momento, não é minha prioridade. Esta é uma nova promoção, quero ver como ela vai se desenvolver, então decidi entrar como empresário primeiro para entender como tudo funciona. Eu nunca estive desse lado antes.”
Com 46 anos, Machida tem um currículo impressionante, com vitórias sobre nomes como Rashad Evans, Tito Ortiz, Ryan Bader, Dan Henderson, Randy Couture, Gegard Mousasi e Vitor Belfort, acumulando um recorde de 16-8 no UFC antes de se transferir para o Bellator, onde derrotou Rafael Carvalho e Chael Sonnen. No entanto, ele deixou a organização após uma sequência de quatro derrotas entre 2019 e 2022.
“A porta como atleta está aberta, mas não é uma prioridade para mim”, explicou Machida. “Quero ver essa organização crescer e fazer parte dela desse lado. Eu treino todos os dias. Não estou treinando como se tivesse uma luta marcada, claro, mas continuo fazendo o que sempre fiz, treinando jiu-jitsu, trocação, tudo. Se uma oportunidade surgisse, diria que estou em 60% e, então, aceleraria o ritmo e me prepararia para uma luta.”
O elenco da GFL conta com veteranos do esporte, incluindo cinco ex-oponentes de Machida: Mousasi, Yoel Romero, Mauricio Rua, Chris Weidman e Luke Rockhold.
“O que me faria lutar novamente talvez seja um desafio, algo que faça sentido para mim”, disse Machida. “Alguém da mesma geração? Ok, pode acontecer, mas não seria qualquer luta. É importante saber o seu lugar e o momento certo. Agora não é o momento de lutar contra um cara de 25 ou 30 anos. Não é isso. É o momento de fazer a luta certa, se for para acontecer. Mas, por agora, não é uma prioridade.”