Francis Ngannou tem alvo definido para encarar no boxe

Francis Ngannou tem um objetivo claro para sua próxima luta de boxe: enfrentar o homem que o recebeu no ringue, Tyson Fury. No último sábado (21), Fury perdeu por decisão unânime para Oleksandr Usyk em uma disputa emocionante em Riad, na Arábia Saudita.

Com esse resultado, Fury agora possui um retrospecto de 0-2 contra Usyk, após perder por decisão dividida para o campeão dos pesos pesados em maio passado. Essa não é a única derrota recente de Fury. Quando Ngannou, ex-campeão dos pesados no UFC e atualmente estrela do PFL, fez sua estreia no boxe, enfrentou Fury em outubro de 2023.

Mesmo sendo um desafio gigantesco, Ngannou surpreendeu ao derrubar Fury e, apesar de dois juízes darem a vitória ao britânico, muitos acreditam que o ex-campeão do UFC fez o suficiente para conquistar uma grande virada.

Após a revanche entre Usyk e Fury, Ngannou foi questionado sobre sua opinião sobre uma possível luta entre Fury e o também britânico Anthony Joshua, mas o ex-campeão dos pesados do UFC tem planos próprios: enfrentar Fury.

“Agora, o que eu quero ver é Tyson Fury contra Francis Ngannou. Isso é tudo o que importa para mim”, afirmou Ngannou ao Pro Boxing Fans.

Sua performance impressionante contra Fury o levou a uma luta contra Joshua em março seguinte, mas este combate foi longe de ser tão competitivo. Joshua, com muito mais experiência, derrubou Ngannou no segundo round, deixando o ex-lutador do UFC sem vitórias em suas duas primeiras aparições no boxe.

Grande meta para Ngannou no futuro

Ainda assim, Ngannou sempre deixou claro que sua grande meta é uma revanche contra Fury, mesmo após um nocaute sobre Renan Ferreira em sua estreia no PFL em outubro, que também marcou seu retorno ao MMA.

Quanto à controversa decisão de pontuação da luta entre Fury e Usyk, onde Fury insistiu em sua vitória, Ngannou acreditou que o combate foi mais equilibrado do que os placares unânimes de 116-112 sugeriram.

“Acho que a luta foi bem equilibrada. Eu teria pontuado de forma mais equilibrada, talvez Usyk ainda vencesse, mas no final eu não tinha certeza de quem tinha ganhado. Pelo meu placar, foi mais equilibrada do que isso”, disse Ngannou.

Ele também se manifestou contra o uso da IA para pontuar a luta, após um juiz automatizado ter sido introduzido na transmissão, embora não tenha feito parte da pontuação oficial. A IA deu a vitória a Usyk por 118-112, favorecendo o ucraniano nos sete últimos rounds, sem dar nenhum ponto a Fury. Para Ngannou, a tecnologia ainda não é confiável o suficiente para ser levada a sério.

“A IA pode ser inteligente, mas não entende o esporte como um todo. O boxe é um esporte de homens, não de máquinas. A IA pode operar automaticamente e pontuar com base em alguns dados, mas não acho que ela tenha todos os detalhes necessários para pontuar uma luta de boxe corretamente. Ainda é um experimento. Não podemos confiar nisso”, completou Ngannou.

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