Após se candidatar a presidência, Conor McGregor toma decisão sobre a carreira

O último adiamento no retorno de Conor McGregor foi provocado por ele mesmo. Já se passaram quase quatro anos desde a última vez que os fãs de artes marciais viram McGregor em ação. Sua última luta foi no UFC 264, em julho de 2021, quando sofreu uma fratura na perna e perdeu pela segunda vez para Dustin Poirier.

Desde então, o irlandês segue sem uma data definida para voltar ao octógono, enquanto divide seu tempo entre suas responsabilidades como coproprietário do BKFC e suas recentes ambições políticas na Irlanda.

Após o evento BKFC 70, na Flórida, McGregor falou com a imprensa sobre sua situação contratual com o UFC e a possibilidade de voltar a lutar.

“Tenho mais duas lutas no contrato e estou em negociações”, afirmou. “Na semana passada, algo aconteceu comigo. Estive na Casa Branca e meu coração sangra pelo meu país neste momento. Há muitas coisas acontecendo na Irlanda.”

McGregor também revelou que recebeu uma proposta para lutar em Alcatraz, mas recusou

“Havia uma oportunidade, um acordo para lutar em Alcatraz recentemente, acredito que em junho. Mas a oferta não correspondia ao meu valor. Como lutadores, precisamos saber o nosso valor. Tenho todos os recordes de pay-per-view e de bilheteria do UFC. Meu retorno será um dos maiores e mais aguardados da história, mas, no momento, meu foco está na Irlanda.”

O irlandês não revelou qual organização propôs a luta em Alcatraz, a famosa prisão que virou ponto turístico em São Francisco.

Quanto à sua visita à Casa Branca, McGregor foi manchete em 17 de março, quando viajou aos Estados Unidos para se encontrar com Donald Trump, a quem já elogiou publicamente. Durante a reunião, ele disse ao ex-presidente:

“sua ética de trabalho é inspiradora.” A viagem reforçou suas intenções políticas, já que, pouco depois, ele anunciou sua candidatura à Presidência da Irlanda — um cargo de funções majoritariamente cerimoniais, enquanto o verdadeiro líder do governo irlandês é o Primeiro-Ministro (Taoiseach).

Nos últimos meses, McGregor tem usado sua influência nas redes sociais para criticar o governo irlandês, especialmente suas políticas de imigração. Embora tenha declarado interesse em promover mudanças no país, ele também admite que há um aspecto midiático por trás de sua decisão.

“E agora, entrando no octógono, o notório Presidente da Irlanda, Conor McGregor!” brincou, ao ser questionado se conciliaria a política com a carreira no MMA. “Com certeza! Esse é um dos motivos pelos quais quero fazer isso. Imagine só ser anunciado como Presidente da Irlanda antes de uma luta. Seria épico.”

Ainda não há confirmação oficial sobre sua candidatura, e seu histórico pode representar um obstáculo para uma carreira política. Recentemente, McGregor foi considerado responsável por agressão sexual em um processo civil relacionado a um caso de 2018, em Dublin, e ainda enfrenta outra ação por uma suposta agressão sexual em 2023, em Miami.

Quanto ao seu futuro no esporte, McGregor não descartou um possível confronto com Mike Perry, astro do BKFC e criador do Dirty Boxing.

“Platinum está por aí com essas luvas grandes e macias, não sei o que ele está fazendo”, disse McGregor. “Mas ele deveria voltar para casa. Sempre teremos amor por Mike Perry. Eu e ele faríamos uma grande luta, sem dúvida.”

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