Medalhista olímpico quer encontrar Dana White cara a cara

Gable Steveson não teve o desfecho desejado em sua última luta no wrestling universitário, mas isso não abala seus planos para o futuro. O campeão olímpico de 2020 sofreu uma surpreendente derrota para Wyatt Hendrickson, da Oklahoma State, na final da categoria 285 libras do Campeonato Nacional de Wrestling da Divisão I da NCAA, realizado na Filadélfia no último sábado.

Steveson retornou à Universidade de Minnesota para seu último ano de elegibilidade, após já ter conquistado dois títulos da NCAA e a medalha de ouro olímpica, além de uma breve passagem pela WWE e um teste com o Buffalo Bills na NFL.

Não estou satisfeito com o resultado do último fim de semana“, disse Steveson ao The Pat McAfee Show na segunda-feira. “Mas foi uma bênção competir diante do público, no maior palco possível. Desde que saí em 2022, sempre quis voltar e dar um último esforço pela Universidade de Minnesota. Foi isso que tentei fazer.

Quis tornar tudo o mais grandioso possível, porque adoro o espetáculo. Adoro sentir a adrenalina, o coração acelerado, ter um grande adversário à minha frente. Ganhar ou perder, minha jornada não acaba aqui. Continuo seguindo em frente.

Antes mesmo do início da temporada universitária, Steveson já mencionava que pensava em retornar para os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles, mas que também considerava outras possibilidades.

Embora ainda não tenha tomado uma decisão definitiva, ele reafirmou seu interesse em migrar para o MMA, e sua estreia pode acontecer em breve.

Nos últimos tempos, tenho treinado boxe, colocado as luvas, feito aulas de jiu-jitsu e me preparado para uma possível carreira no MMA“, revelou Steveson. “Mas, assim que deixei o tatame no sábado à noite, recebi ligações de alguns times da NFL. As oportunidades continuam surgindo e estou muito feliz por poder explorar todas elas.”

Steveson tentou ingressar no Buffalo Bills no ano passado, mesmo sem experiência no futebol americano, e chegou a participar do training camp antes de ser cortado. Essa ainda é uma possibilidade, já que times da NFL estão sempre em busca de novos talentos.

No entanto, o wrestling segue sendo sua principal referência. O lutador de 24 anos já treinou no Kill Cliff FC, na Flórida, e no ano passado ajudou Jon Jones a se preparar para sua defesa do título dos pesos pesados do UFC contra Stipe Miocic.

Jones, inclusive, tem sido uma influência constante em sua transição para o MMA.

Quero ter certeza de que minhas mãos estarão afiadas, de que conseguirei enxergar os golpes chegando e me sentir confortável dentro do cage“, explicou Steveson. “Tenho um ótimo mentor, um cara que muitos conhecem pelo nome de Jon Jones – simplesmente o maior lutador de todos os tempos.

Ele tem me guiado pelo caminho certo, me dando suporte e conselhos. Ainda sou jovem, mas ele já passou por tudo isso antes, então sou muito grato por sua orientação neste novo capítulo da minha carreira.”

Embora ainda não tenha estreado no MMA, Steveson admite que já pensa nisso há algum tempo e acredita que é apenas uma questão de oportunidade.

Possível futuro no MMA

Na verdade, ele espera em breve encontrar-se com o CEO do UFC, Dana White, para discutir seu futuro.

Acho que o MMA é a melhor alternativa para lutadores amadores“, afirmou. “Ainda não falei com Dana pessoalmente, mas adoraria ter essa conversa.

Depois das Olimpíadas de 2021, ele chegou a entrar em contato e me convidou para ir a Las Vegas. Esse encontro nunca aconteceu porque recebi uma oferta muito boa da WWE. Mas se eu puder estar frente a frente com ele e mostrar quem eu sou, acho que seria incrível.

A transição para o wrestling profissional, no entanto, não funcionou como esperado. Agora, após essa derrota inesperada em sua última luta universitária, Steveson está pronto para seguir em frente e continuar construindo seu legado.

Muita gente esperava uma reação negativa de mim“, disse. “Mas, no final das contas, já conquistei muitas coisas, conheci pessoas incríveis e estive em lugares extraordinários. Nunca tomarei isso como garantido.

Quis voltar para a Universidade de Minnesota porque queria que essas crianças vissem que, independentemente de vencer ou perder, é possível fazer história. Você pode mudar um esporte, pode se tornar alguém que inspira os outros. Isso é o mais importante.

Sempre estive pronto para o desafio, independentemente do que digam. Já passei por isso antes, e nada disso é novidade para mim.”

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.