Chael Sonnen recebe convite e bate o martelo sobre retorno ao mundo das lutas
Nos últimos meses, uma das grandes novidades no mundo do MMA foi a criação da Global Fight League (GFL), uma nova promoção que busca trazer um formato baseado em equipes para o esporte. A organização chamou atenção ao contratar diversos lutadores renomados, incluindo ex-campeões do UFC, mas um nome que não entrou para o projeto foi Chael Sonnen.
Em entrevista a Drake Riggs, do Uncrowned, Sonnen revelou que, ao ser procurado pela GFL, recusou a proposta sem hesitação.
“Sim, eles me procuraram”, disse Sonnen. “Pensando bem, talvez eu devesse ter aceitado. Havia bônus de assinatura. Mas chega um momento em que lutar deixa de ser algo legal e começa a parecer estranho. É muito legal enquanto seus amigos ainda te veem como um lutador, enquanto as pessoas na cafeteria te acham impressionante. Mas depois de um tempo, fica estranho.“
O que foi determinante para recusa do famoso rival de Anderson Silva?
Ele explicou que sua decisão foi motivada pela percepção de que, em determinada fase da vida, insistir em competir pode soar inadequado.
“Já vi caras de 40, 41 anos ainda lutando, e pensei: ‘Coloque suas roupas, pare de tirar a camisa e colocar o protetor bucal. Você realmente precisa fazer isso?’. Em algum momento, lutar deixa de fazer sentido. É por isso que eu disse não.“
Sonnen encerrou sua carreira no MMA em 2019, aos 42 anos, após uma trajetória marcada por desafios ao cinturão dos médios do UFC e por sua personalidade marcante, inspirada no pro-wrestling. No entanto, ele retornou aos ringues para uma luta de exibição no boxe contra Anderson Silva em 2025.
Reconhecimento à GFL
Apesar de ter recusado o convite, Sonnen acompanhou o evento de estreia da GFL, um draft que definiu os seis times principais da liga, e ficou impressionado com a produção.
“Geralmente, prefiro criticar, isso me diverte. Adoro apontar falhas em filmes, refeições ou promoções de luta. Mas, para o lançamento da GFL, especialmente aquela peça promocional com o Tyron Woodley em um papel quase de super-herói, preciso admitir que foi incrível do ponto de vista da produção. Eles conseguiram se destacar. Doeu dizer isso, porque eu adoraria apenas criticar, mas foi um bom começo para algo que ainda é pequeno.”
Mesmo reconhecendo o desafio de estabelecer uma nova organização no mundo do MMA, Sonnen acredita que a GFL tem potencial para crescer.
“É um setor difícil. Qualquer negócio é complicado, mas nesse ramo, a chance de fracasso é enorme. Todo mundo falha nesse espaço. Mas eles estão começando bem.“
A Global Fight League pretende realizar seu primeiro evento oficial em abril, ainda sem data e local confirmados.