Rico Verhoeven é amplamente reconhecido como o melhor kickboxer peso por peso do mundo, mas ele almeja ampliar seu legado ao enfrentar um ex-campeão do UFC em uma luta crossover.
Após a estreia dominante de Francis Ngannou na PFL, vencendo Renan Ferreira, começaram as especulações sobre seu próximo adversário e qual modalidade ele escolheria. Embora Ngannou tenha focado no MMA, sua paixão pelo boxe já o levou a enfrentar Tyson Fury e Anthony Joshua, e ele demonstrou interesse em voltar ao esporte no futuro.
Apesar de ser difícil imaginar Ngannou enfrentando outro grande nome do boxe com um histórico de 0-2 até agora, Verhoeven acredita que seria o adversário ideal para recebê-lo de volta ao ringue.
“Com certeza, isso desperta meu interesse e também o dos fãs”, declarou Verhoeven ao portal MMA Fighting sobre um possível confronto com Ngannou. “Somos campeões em esportes de combate em pé e completos. Ele é um lutador de MMA, eu sou kickboxer. Ambos sabemos usar mãos e pés. Quão incrível seria juntar esses mundos? Ao invés de apenas boxeadores ou um lutador de MMA entrando no boxe, teríamos um confronto entre MMA e kickboxing. Especialmente na categoria peso-pesado, que é o que o público mais quer assistir.”
Candidato a desafiante já tem compromisso marcado
Antes disso, Verhoeven tem um desafio próprio: uma revanche contra Levi Rigters no GLORY Heavyweight Grand Prix. No último encontro, ele garantiu a vitória após quatro knockdowns, mas Rigters teve seus momentos, incluindo um perigoso golpe giratório que quase encerrou a luta.
Se Verhoeven mantiver sua sequência invicta, que dura quase uma década, ele acredita que uma luta contra Ngannou faria total sentido. Segundo ele, já existe interesse de um promotor disposto a realizar esse confronto.
“As conversas estão acontecendo”, revelou Verhoeven. “Já estávamos em contato com promotores, inclusive na Arábia Saudita, antes mesmo de Francis entrar no cenário. Estou animado com o futuro e aberto a novas possibilidades.”
Para Verhoeven, a transição para o boxe seria mais natural do que para Ngannou, graças à sua vasta experiência na modalidade, incluindo anos de treino sob a orientação de Peter Fury, tio de Tyson Fury.
“Para mim, mudar para o boxe nem é uma transição”, explicou ele. “Já treino boxe há anos e estou preparado para qualquer coisa. Primeiro, foco na luta de 7 de dezembro, depois veremos o que vem pela frente.”
Além do aspecto financeiro, enfrentar um nome como Ngannou também teria um significado pessoal para Verhoeven. Apesar de ser um dos maiores kickboxers da história, ele sente que não recebe o mesmo reconhecimento de seus pares do MMA e do boxe, como Oleksandr Usyk ou o próprio Ngannou.
“Francis é um grande nome, assim como eu. Dominei o kickboxing por mais de uma década, algo inédito. A única diferença é que o kickboxing não tem a mesma visibilidade que o boxe ou o MMA. Mas em termos de qualidade e habilidade, estou no mesmo nível ou até melhor. Se alguém quiser testar, estou aqui para isso”, completou Verhoeven.