Ex-campeão entra na justiça contra Bellator/PFL pedindo indenização de R$ 85 milhões

O ex-campeão Gegard Mousasi entrou com uma ação judicial em Nova Jersey contra o Bellator e os novos proprietários da promoção, agora sob controle da PFL, por várias alegações, incluindo quebra de contrato.

O processo foi iniciado na quarta-feira (16) e menciona diversos executivos da PFL, como Donn Davis (cofundador), Peter Murray (CEO) e Mike Kogan (casamenteiro).

Qual é a acusação feita pelo ex-campeão?

Mousasi acusa o Bellator de “quebra de contrato, violação do pacto implícito de boa-fé e negociação justa, enriquecimento ilícito e monopsonização”. No documento de 81 páginas, seus advogados detalham o contrato assinado pelo lutador em 2017, que foi renovado em 2020 e modificado em 2023.

Conforme o contrato, Mousasi receberia uma bolsa garantida de US$ 150.000 nas primeiras quatro lutas, e depois US$ 200.000 em cada luta subsequente. Além disso, ele ganharia um bônus de finalização de US$ 50.000 por vitórias por nocaute ou submissão e uma taxa promocional de US$ 600.000 por luta, garantindo assim até US$ 850.000 por combate após a quarta luta.

O processo também descreve a insatisfação de Mousasi com sua inatividade após as primeiras quatro lutas e a decisão de lutar contra Fabian Edwards, mesmo lesionado, por medo de ser afastado indefinidamente pela promoção.

A situação piorou após a venda do Bellator para a PFL em novembro de 2023, quando a comunicação entre Mousasi e os executivos da promoção se tornou praticamente inexistente. Ele já havia expressado sua frustração em entrevista ao site MMA Fighting em abril, afirmando que estava treinando e pronto para lutar, mas a promoção não dava respostas.

Em maio, após meses de negociações entre o empresário de Mousasi e os executivos da PFL, o Bellator anunciou a dispensa do lutador de seu contrato, após ele ameaçar processar a empresa.

Valor milionário sendo pedido

Agora, Mousasi deu andamento ao processo, acusando a Bellator/PFL de “conduta anticompetitiva de monopsonização” e alegando que foi incorretamente classificado como contratante independente, quando deveria ser tratado como funcionário. Ele está buscando indenizações de, no mínimo, US$ 15 milhões (R$ 85 milhões), além de danos punitivos e honorários advocatícios.

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